sexta-feira, 6 de maio de 2016

Rio 2016 contratará 455 jovens aprendizes

Aulas teóricas começam na segunda-feira (9). As práticas serão nas Olimpíadas e Paralimpíadas

Quatrocentos e cinquenta e cinco jovens iniciam na segunda-feira (9) as aulas teóricas para trabalhar nas Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016 como aprendizes. Eles serão os primeiros beneficiados pelo decreto publicado essa semana no Diário Oficial da União (DOU), que permite a empresas que não têm condições de cumprir a Lei da Aprendizagem, por não disporem de local adequado aos jovens, fazer a contratação desses meninos e meninas e os liberarem para cumprir as aulas práticas em outro lugar. 

O ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) explica que a medida vai beneficiar diretamente os jovens que buscam uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho, com qualificação profissional e sem precisar deixar a escola. “O que nós queremos com essa mudança é permitir que mais jovens possam exercer o aprendizado, garantindo tempo de escola e tempo de profissionalização”. 

A coordenadora de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Ana Alencastro, explica que os aprendizes serão contratados por sete empresas da área de limpeza que não estavam cumprindo a lei e já tinham sido notificadas pelo Ministério. Elas assinarão a carteira dos jovens já a partir da segunda-feira. A prática deles será nos jogos olímpicos, nos quais atuarão como auxiliares nos eventos e provas esportivas das olimpíadas e paralimpíadas.

“As empresas de limpeza tinham dificuldades de cumprir a lei porque geralmente possuem muitos funcionários, sendo que a maioria está ocupada com a limpeza, uma área que não é atrativa para os aprendizes. Com o decreto, o que a gente fez: abriu a possibilidade de essas empresas cumprirem a legislação, contratando os jovens e permitindo que eles trabalhem em outros locais e em outras funções. Nesse caso, trabalharão nas Olimpíadas”, explica.

A contratação desses jovens foi possível graças a uma parceria com o Comitê Rio 2016, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). O Comitê concordou em receber os jovens para as aulas práticas, a universidade fez a pesquisa de demanda e montou o material didático, Secretaria disponibilizou as salas de aula e realizou o processo seletivo dos aprendizes por meio do Sine municipal e o instituto federal dará as aulas teóricas, que serão financiadas pelo governo federal por meio do Pronatec. 

A turma que começa na segunda-feira terá 400 horas de aulas teóricas, no turno inverso ao da escola, divididas em duas etapas. A primeira será de 9 de maio a 30 de junho, quando serão interrompidas por causa dos jogos. Eles retornam para a sala de aula após as paralimpíadas, no final de setembro, e concluem o curso em 21 de dezembro.

“Normalmente, quando termina o contrato de aprendizagem, muitos jovens acabam contratados pelas empresas. Nesse caso, não era possível pois as Olimpíadas terão terminado. Mas eles terão uma experiência muito grande em esporte e eventos relacionados ao esporte, que lhes permitirão buscar oportunidades em clubes de lazer e desporto, por exemplo”, pondera Ana.

Jovem Aprendiz do Desporto

Esses 455 jovens estão sendo contratados na modalidade Jovem Aprendiz do Desporto (Jade), que foi desenvolvida especialmente para atender clubes de esporte e lazer. Há dois projetos pilotos nessa área no país, um em Brasília e outro em São Paulo, onde eles atuam como auxiliares em aulas de prática esportiva, torneios, campeonatos e eventos sociais. Com a nova turma aberta no Rio de Janeiro, mais um estado passa a ser beneficiado.

A coordenadora de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Ana Alencastro, conta que uma outra parceria, com o Ministério do Esporte, está sendo firmada para levar o Jade para a área pública. A intenção é firmar convênios com estados e municípios para a contratação de aprendizes do desporto em academias públicas e áreas de lazer. Os primeiros estados a receberem a modalidade serão São Paulo e Pernambuco. O objetivo é, até 2018, expandir o projeto para todos os demais.

Graziela Andreatta | Imprensa/Ministério do Trabalho e Previdência Social

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Brasil tem dia incrível em Doha, com ouro, recorde mundial e Cesar Cielo no 4x50m medley

Brasil tem dia incrível em Doha, com ouro, recorde mundial e Cesar Cielo no 4x50m medley

O velocista fechou a prova com Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos, em 20s08; minutos após, foi o primeiro das semifinais nos 50 m livre: 20s80, à frente do russo Morozov e do francês Manadou

4x50 m medley: Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santo e Cesar Cielo | Satiro Sodre/SSPress

O Brasil teve um dia incrível no Mundial de Doha (CAT), em piscina curta, com medalha de ouro e recorde mundial no revezamento 4x50 m medley. Juntando os melhores nadadores de cada estilo - Guilherme Guido, no costas, Felipe França, no peito, Nicholas Santos, no borboleta, e Cesar Cielo, no livre - o Brasil estabeleceu novo recorde mundial para a prova em 1min30s51, à frente da França (Benjamim Stasiulis, Giacomo Dortona-Perez, Mehdy Metella e Florent Manaudou), em 1min31s25, e dos Estados Unidos (Eugene Godsoe, Cody Miller, Tom Shields e Josh Schneider), em 1min31s83. 

Poucos minutos após receber a medalha e ouvir o Hino Nacional, Cesar Cielo voltou a piscina do Hamad Aquatic Center para fazer o melhor tempo das semifinais dos 50 m livre: 20s80. A final será nesta sexta-feira (5/12), a partir das 13 horas (de Brasília), com SporTV. 

Guilherme Guido nadou o estilo costas em 23s42 e entregou o revezamento com o Brasil em quinto. Felipe França retomou a liderança no estilo peito (25s33), posição mantida por Nicholas Santos, no borboleta (21s68), e Cesar Cielo no livre (20s08), para a equipe fechar em 1min30s51. O recorde anterior pertencia a Rússia (1min32s78, feito na qualificação do Mundial de Doha, horas antes). 

"Olha, eu brinquei com o 19s9 antes da prova, acho que dá pra fazer ainda... Mas o mais bacana foi a gente brincando antes da prova, que essa era o revezamento da seleção paulista do Chico Piscina, junto com o Nicholas Santos", disse Cesar Cielo, referindo-se ao fato de nadar com Guilherme Guido e Felipe França, desde que eram meninos. "É muito legal, eu nado com o Guido e com o França desde os 7 anos e a gente sabia que esse revezamento era muito forte. Conseguir o recorde mundial no revezamento... Não podia ser melhor! Realmente, é fechar essa geração como uma das melhores da história do nosso País", completou Cielo.

Disse ainda que o 4x50 m medley foi um dos revezamentos mais emocionantes que disputou na vida e que espera que "seja o primeiro de muitos revezamentos do Brasil". "Espero que o próximo seja o 4x100 m livre, no Mundial de Kazã, no ano que vem, com o Matheus Santana, o Marcelo Chiereguini, o João de Lucca, o Nilo (Nicolas Oliveira).... Para depois a gente fechar com chave de ouro no Rio, em 2016."

Correria e melhor tempo na semi dos 50 m livre

Minutos depois da premiação do 4x50 m medley - "foi uma correria do pódio até colocar o maiô e ir para o balizamento de novo, estamos um pouco longe do call room...", comentou -, Cesar Cielo estava de volta para nadar as semifinais dos 50 m livre. "Foi mesmo uma correria... Eu vi que não ia conseguir passar a 'seco', dei duas respiradas, e aproveitei para mostrar, e os caras verem, que ainda está sobrando um pouquinho. Esse jogo mental é importante. Estou vendo com muita tranquilidade um tempo muito melhor na final. Tomara que seja suficiente para eu ser o primeiro", avaliou Cielo.

O brasileiro acha que o francês Florent Manadou, terceiro nas semifinais, com 20s93, também controlou a prova. "Acho que ele está bem melhor para nadar melhor do que esse tempo que ele fez", completou Cielo. O russo Vladimir Morozov foi o segundo colocado com 20s88. "Todo mundo nadou em quarta marcha, uma prévia da final, e vamos ver como vai ser quando todo mundo apertar o ritmo." 

Cesar Cielo (20s80), Vladimir Morozov (20s88) e Florent Manadou (20s93) terão na final a companhia do italiano Marco Orsi (21s07), do australiano Cameron MCEvoy (21s14), do ucraniano Andrii Govorov (21s17), do francês Clement Mignon (21s19) e do norte-americano Josh Schneider (21s20).

Cielo disse que vai ver os detalhes da provas e corrigir o que for possível porque um centésimo de segundo faz diferença nos 50 m livre. "É curtir um pouco esse revezamento 4x50 m, ver as análises da prova e ver o que dá para melhorar para a final", comentou. Ressaltou que já nadou melhor no segundo 25 metros dos 50 metros. "É descansar e tentar o melhor tempo da minha vida."

Cesar Cielo é atleta da Fiat/Minas, equipe de natação do Minas Tênis Clube, e tem patrocínio de Gatorade, adidas, Embratel, Furnas, Fiat e Correios.

Mais informações: www.cesarcielo.com.br e www.facebook/CesarCielo

Heleni Felippe/Jane Dias | Contrapé

Robert Scheidt é vice-líder na Stars Sailors League nas Bahamas

Robert e Bruno Prada mantiveram a regularidade no segundo dia de regatas em Nassau. Nesta sexta serão definidas as tripulações que seguem para a segunda fase

Robert e Bruno em Nassau | Gilles-Martin Raget/SSL

Nassau (BAH) - Atuais campeões da Star Sailors League (SSL) Finals, Robert Scheidt e Bruno Prada disputaram mais três regatas nesta quinta-feira (4) em Nassau, nas Bahamas, pela fase de classificação do campeonato, que reúne 20 das principais tripulações de Star na vela mundial. 

Obtiveram um sétimo e dois quartos lugares, o suficiente para se posicionarem como vice-líderes, com 18 pontos perdidos, dez a mais do que os líderes, os americanos Mendelblatt e Fatih, com oito. A dupla alemã Polgar e Koy, com 21, ocupa a terceira colocação. 

Na primeira regata do dia, a quarta da SSL Finals, Robert e Bruno passaram do limite no momento de contornar a primeira boia de contravento. Perderam tempo para retornar e recuperar o rumo certo "Cometi um erro grande, de novo. Não consegui montar a boia. Foi como se tivesse pagado um pênalti", considerou Robert, que ainda conseguiu chegar na sétima colocação. A dupla americana Mendelblatt e Fatih venceu praticamente de ponta a ponta, com 60min24, seguidos pelo campeão olímpico de Star, em Londres, Freddy Loof e seu proeiro Anders Ekstrom, ambos da Suécia. O vento nordeste esteve sempre em torno de 15 nós (27 km/h)

Após a segunda largada os tricampeões mundiais de Star mantiveram-se em posição intermediária na flotilha. Contornaram a primeira boia em 12º lugar. Partiram para a recuperação na primeira perna de popa, saltando para a sétima colocação. Na quarta e última perna, também em popa, chegaram ao segundo lugar, mas perto da linha de chegada escolheram o lado direito da raia, enquanto o vento favoreceu a esquerda. Robert e Bruno chegaram na quarta posição, a 53 segundos de Mark Mendelblatt, que obteve a segunda vitória no dia. O francês Rohart foi o segundo e o croata Gaspic, o terceiro. 

Na última disputa desta quinta-feira, a sexta do campeonato, Robert repetiu a colocação anterior. Manteve-se sempre entre os cinco primeiros. Travou duelos com, o alemão Polgar, Jorge Zarif e Mendelblatt, o velejador mais regular do dia. A dupla Polgar e Koy venceu com 56min23, com Mendelblatt em segundo e Jorginho em terceiro lugar. Robert ficou a 30 segundos do vencedor. "O importante é ficar em primeiro para evitar a próxima fase, mas hoje não teve jeito, o americano (Mendelblatt) velejou com muita velocidade", analisou Robert, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex e Deloitte, com os apoios de Audi, COB e CBVela. 

Para o novo líder da SSL Finals, o dia foi perfeito. "Fiz grandes regatas, sempre com vento adequado e velocidade suficiente para me manter à frente. Por enquanto só estou tentando velejar da melhor forma possível, a cada regata, sem pensar em resultado final", argumentou Mendelblatt, bronze na primeira edição da SSL Finals em 2013, também com sede no Nassau Yacht Club (NYC). 

Nesta sexta (5), mais três largadas definem os barcos para as quartas de final. Como o primeiro colocado passa direto à semi, estarão classificados do segundo ao 11º, após nove regatas. A semifinal terá sete tripulações e a final, quatro. As três séries estão previstas para este sábado (6), dia decisivo. A primeira regata do dia começa às 11h em Nassau (14h em Brasília). Entre as outras três duplas brasileiras, Zarif e Boening estão em oitavo, Torben e Guilherme em 16º, e Fuchs e Seifert em 20º lugar.

Classificação após três regatas e um descarte

1. Mendelblatt/Fatih (EUA) - 8 pontos perdidos (1+[10]+3+1+1+2)
2. Scheidt/Prada (BRA) - 18 pp ([7]+1+2+7+4+4)
3. Polgar/Koy (ALE) - 21 pp ([9]+3+6+2+13+1)
4. Loof/Ekstrom (SUE) - 22 pp (4+[12]+4+3+6+5)
5. Rohart/Ponsot (FRA) - 29 pp (6+2+[13]+9+2+10)
6. Negri/Lambertenghi - 29 pp (5+5+[10]+6+5+8)
7. Kusznierewicz/Zycki (POL) - 36 pp (10+8+[12]+4+7+7)
8. Zarif/Boening (BRA) - 37 pp (15+7+1+[17]+11+3)
9. Scott/Milne (ING) - 39 pp ([13]+4+5+11+8+11)
10. Gaspic/Sitic (CRO) - 46 pp ([14]+14+7+10+3+12)
11. Papathanasiou/Tsotras (GRE) - 55 pp (2+9+9+16+[20]+19)

Campanha de Robert Scheidt na temporada 2014, na classe Laser 

Ouro na Copa Brasil - Niterói (BRA), janeiro
Prata na etapa de Miami Copa do Mundo de Vela - Miami (USA), fevereiro
9º na etapa de Palma de Mallorca da Copa do Mundo de Vela - Palma de Mallorca (ESP), abril
4º na etapa de Hyères da Copa do Mundo de Vela - Hyères (FRA), abril
Ouro na Semana Olímpica de Garda Trentino - Garda (ITA), maio
5º no Europeu de Vela - Split (CRO), junho
Ouro no Sudeste Brasileiro de Laser - Rio de Janeiro (BRA), julho
4º no Aquece Rio International Regatta - Rio de Janeiro (BRA), agosto
5º no Mundial de Vela da ISAF - Santander (ESP), setembro

Maior atleta olímpico brasileiro

Laser
Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Mais informações em www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt
Facebook: Robert Scheidt

Juliana Leite | Local

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pentacampeão brasileiro, Giomar Pereira quer título inédito do Circuito CAIXA em Salvador

O fundista, ídolo baiano, será o grande destaque da estreia da competição na capital do Estado, neste domingo (9)

Giomar Pereira, pentacampeão brasileiro | Luiz Doro/adorofoto

Celebrando dez anos de história, o Circuito de Corridas CAIXA 2013 também pode marcar o auge da carreira de Giomar Pereira, pentacampeão brasileiro e "rei" da competição, com 21 vitórias. O baiano de Jacobina é novamente o líder do ranking nacional de corrida de rua e quer se consagrar em Salvador, diante da família, dos amigos e de seus conterrâneos. A prova terá largada às 7 horas, no antigo Aeroclube, no Parque Atlântico (Av. Otávio Mangabeira, altura do nº 6.100), e percursos de 5 km e 10 km.

"O Giomar está provando, a cada disputa, que é um atleta diferenciado. Aos 40 anos, corre em alto nível, sempre brigando pelo pódio, e mais uma vez é o líder do ranking (tem 194 pontos). Ele tem tudo para ser hexacampeão, este ano, e se isso acontecer será o ponto alto da carreira dele. Ainda mais com uma vitória em casa, na Bahia" destaca Alexandre Minardi, técnico do Cruzeiro, equipe mineira de atletismo pela qual Giomar compete. "Ele vai com todas as suas forças para a prova de Salvador, por estar correndo diante dos baianos. E, como não gosta muito de subidas e descidas, o percurso plano de lá será excelente."

Se vencer em Salvador, Giomar vai juntar o título inédito do Circuito CAIXA aos outros quatro da corrida de Duque de Caxias de Jacobina, corrida tradicional de sua cidade natal, da qual é o maior destaque. "Será uma emoção diferente correr em Salvador. E acho que o desgaste virá mais rápido, pela proximidade com a praia e o calor. Em Jacobina, que fica num vale, nem sempre as temperaturas são tão altas. Mas já estou acostumado, se fizer um calor em torno de 27 graus, estará agradável para mim. E também conta o fato de que não vou precisar viajar. Eu é que vou ficar esperando os adversários", observa Giomar.

O fundista terá a companhia de outros três colegas do Cruzeiro, na disputa do Circuito CAIXA em Salvador: Ivanildo Pereira dos Anjos, o Gomes, terceiro do ranking brasileiro, com 134 pontos, Justino Pereira da Silva e o novato Daniel Henrique Alves Sabino.

O Circuito CAIXA celebra dez anos de história, em 2013. Passando por quatro das cinco regiões brasileiras, conta com a chancela da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Nesta temporada o Circuito já percorreu quatro cidades: Goiânia, Uberlândia, Belo Horizonte e Campo Grande. Agora segue para Salvador (16/6), Fortaleza (4/8), Recife(11/8), Porto Alegre (1/9), Curitiba (29/9), Ribeirão Preto (19/10), São Paulo (27/10) e Brasília (24/11). As 12 corridas somam pontos para o ranking brasileiro de corredores de rua. Os dez primeiros colocados no ranking, no masculino e no feminino, garantem o patrocínio da CAIXA para 2014.

A competição é uma realização da HT Sports, com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e co-patrocínio da Centauro. Em Salvador, conta ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Salvador, além da supervisão técnica da CBAt e Federação Baiana de Atletismo.

Mais informações em www.circuitocaixa.com.br / http://twitter.com/circuitocaixa

Juliana Leite | Local 

Arsenal conhece adversários da primeira fase do Campeonato Brasileiro

Primeira partida acontece em 29 de junho em Cuiabá

Já estão definidos os adversários do Cuiabá Arsenal para a primeira fase do Campeonato Brasileiro 2013. As partidas começam em 29 de junho no estádio Eurico Gaspar Dutra, em Cuiabá. O primeiro jogo será contra o Sinop Coyotes, de Mato Grosso. A equipe cuiabana luta contra o tempo para estar pronta para a estreia.

De acordo com o técnico Brian Guzman, a equipe recebeu um novo playbook (livro de jogadas) de ataque e defesa e teve o cronograma de atividades ajustado ao pouco tempo que resta antes da estreia. “Aprender um novo sistema é um desafio que eles assumiram de bom grado. Com comprometimento e esforço, tenho certeza que seremos capazes de executá-lo com a eficiência que queremos em tempo hábil”.

O treinador aposta no potencial dos novos jogadores. “Muitos deles são claramente ótimos atletas e isso com certeza vai ajudar muito no papel que irão desempenhar na temporada”. Ele salienta ainda a força da experiência dos atletas mais antigos. “Não podemos deixar de considerar que esse elenco é o atual campeão brasileiro, eles sabem o que é preciso para chegar ao topo e estão dispostos a permanecer lá”. 

Mas para continuar no topo a equipe precisa superar alguns desafios. Com a perda de vários veteranos, que deixaram o time no ano passado, é invariável a necessidade de inserir novas peças no elenco principal e esses jogadores precisam estar preparados.  “Todos devem ter as jogadas decoradas, desta forma os atletas conseguem tomar decisões e reagir rapidamente. Dúvidas geram hesitação o que leva ao erro, queremos evitar de todas as formas que isso aconteça”, pontua o coach, Heron Azevedo.

Tabela de jogos:

Partidas em casa:

29 de junho – Cuiabá Arsenal x SINOP Coyotes, de SINOP, MT
10 de agosto - Cuiabá Arsenal x Brasil Devilz, de São Paulo, SP
7 de setembro - Cuiabá Arsenal x Jacarés do Pantanal, de Campo Grande, MS

Partidas fora de casa:

14 de julho - Rio Preto Weilers em São José do Rio Preto, SP x Cuiabá Arsenal x
27 de julho - SINOP Coyotes em SINOP, MT x Cuiabá Arsenal
24 de agosto - Jacarés do Pantanal em Campo Grande, MS x Cuiabá Arsenal 

via Caroline Pilz Pinnow 

domingo, 14 de outubro de 2012

Vitória queniana e recordes marcam Circuito de Corrida CAIXA, no Estádio do Pacaembu


Com participação de Marílson Gomes dos Santos, corrida paulistana teve disputas acirradas e 3.750 competidores

O queniano Hillary Kipgetich Kemei venceu a etapa de São Paulo do Circuito de Corridas CAIXA, neste domingo (14/10). Hillary entrou no Estádio do Pacaembu junto com Marílson Gomes dos Santos, melhor brasileiro no atletismo dos Jogos de Londres/2012, ultrapassando-o nos metros finais. 

Ele obteve o tempo de 29min10, apenas dois segundos à frente do brasileiro. A marca é o novo recorde da prova, superando os 29min11 que Paulo Roberto de Almeida Paula marcou no ano passado. 

Na elite feminina, as quenianas Maurine Jelagat Kipchumba, com 34min26, e Ednah Mukhwana, com 34min36, foram as primeiras a chegar, seguidas por Tatiele Roberta de Carvalho, melhor brasileira na competição, com 34min40.

A disputa da elite masculina foi a mais forte do Circuito CAIXA nesta temporada. O pelotão principal se manteve junto até o sexto quilômetro, quando Hillary e Marilson se desgarraram dos demais e duelaram até o final. "Eu estava muito seguro e confiante. Além disso, o clima ajudou. Ao contrário do que muitos pensam, também treinamos com baixas temperaturas no Quênia", afirmou Hillary, que, no ano passado, foi o segundo colocado da etapa paulistana. 

"O resultado está dentro do que eu esperava. A ideia era disputar uma corrida forte, antes da Maratona de Nova York, e fazer uma avaliação. Eu sabia que a etapa de São Paulo do Circuito CAIXA seria dura, pela presença dos africanos. Foi uma prova boa, e o dia estava bom para correr. Podia até ter esfriado um pouquinho mais", analisou Marílson Gomes dos Santos, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA. Quinto colocado na maratona em Londres, o fundista vai lutar pelo tricampeonato da Maratona de Nova York (venceu em 2006 e 2008), no dia 4 de novembro.

Giomar Pereira, Valdir Oliveira (ambos da equipe mineira de atletismo do Cruzeiro) e Rafael Santos de Novais, do Pinheiros, foram respectivamente 3º, 4º e 5º colocados, com o mesmo tempo, 29min38, confirmando o equilíbrio na disputa.

Disputa feminina
A batalha na elite feminina também foi dura, com poucos segundos de diferença entre as cinco primeiras colocadas. "Esperava fazer uma boa prova e o tempo obtido era o que eu imaginava. Estou feliz com o resultado", disse Maurine Jelagat Kipchumba, que chegou à frente da compatriota Ednah Mukhwana, vencedora da prova em 2009.

Estreante no Circuito CAIXA, Tatiele também saiu satisfeita com o resultado. "Estou contente por ter sido a primeira brasileira a cruzar a linha de chegada. Pena que senti o final da prova. Minhas pernas fraquejaram, o que não acostuma acontecer", desabafou a fundista da Orcampi, terceira no ranking brasileiro dos 5.000 m e quarta nos 10.000 m, em pista.

Recorde de público
A prova paulistana do Circuito CAIXA também teve recorde de público, com 3.750 competidores, 87% a mais que em 2011. Entre os participantes, a equipe Rede de Proteção BB era uma das mais animadas, com 13 atletas. "Já conhecemos o percurso, até por outras provas que disputamos por aqui. Mas é a primeira vez que participamos do Circuito CAIXA. Foi um corrida muito bacana", elogiou Paulo Roberto, um dos treinadores da Quality, que coordena o grupo formado por funcionários da Brasilprev e do Banco do Brasil.

Atletas especiais também marcaram presença, como o analista de sistemas Edson Santi. Vítima de poliomielite na infância, Edson perdeu os movimentos das pernas e hoje corre de hand cycle. "Comecei a correr no início do ano para manter o condicionamento físico e pela sociabilidade. O mais difícil foi sair da inércia. Hoje, meu lema é chegar e se divertir", contou Edson, da equipe da Achilles International Brasil, entidade de apoio a deficientes, que teve cerca de 15 integrantes na disputa. 

Cláudia Schaefer foi outra que estreou neste domingo no Circuito CAIXA, com sua filha Beatriz, portadora de deficiências física, auditiva e mental. "Foi uma ótima prova. Na subida do Minhocão, que é mais forte, um anjo me ajudou a empurrar a cadeira da Bia. E a chegada dentro do Pacaembu foi muito gostosa: minha filha ficou muito feliz em ver toda a animação dos atletas", explicou Cláudia.

Craque do vôlei
O jogador de vôlei Renan Buiatti, 22 anos, do São Bernardo, que do alto de seus 2,17 m é considerado uma das esperanças do Brasil na Olimpíada do Rio/2016, compareceu ao Pacaembu para prestigiar a namorada, adepta da corrida. Ester Wiggers, 20 anos, ex-atleta de handebol que sempre gostou de correr, participou pela primeira vez de uma competição. Ela completou os 10 km em 54 minutos e, apesar da empolgação, ainda não conseguiu convencer o namorado a correr. "Talvez eu siga o exemplo dela quando encerrar minha carreira", despistou o craque do São Bernardo e aposta de Bernardinho para o novo ciclo olímpico. No Pacaembu, o casal comemorou três anos e quatro meses de namoro.

Resultado

Masculino
1- Hillary Kipgetich Kibet (Quênia/Luasa Sports) - 29min10 (recorde da prova)
2- Marílson Gomes dos Santos (BM&FBOVESPA) - 29min12 
3- Giomar Pereira (Cruzeiro/CAIXA) - 29min38
4- Valdir Sérgio de Oliveira (Cruzeiro/CAIXA) - 29min38
5- Rafael Santos de Novais (Pinheiros) - 29min38
6- Gilmar Silvestre Lopes (Pé de Vento) - 30min00
7- Luís Paulo da Silva Antunes (LUASA) - 30min42
8- Alequessandro Paula da Silva (Peterfrut/Pé de Vento) - 31min00
9- Eliezer de Jesus Santos (Pé de Vento) - 31min08
10- Edson Tibúrcio Alves (Cruzeiro/CAIXA) - 31min15

Feminino
1- Maurine Jelagat Kipchumba (Kenia/LUASA) - 34min26
2- Ednah Mukhwana (Kenia/LUASA) - 34min36
3- Tatiele Roberta de Carvalho (Orcampi) - 34min40
4- Sueli Pereira (Grancursos/CAIXA) - 34min43
5- Edielza Alves dos Santos Guimarães (GranCursos/CAIXA) - 35min10
6- Sirlene Souza de Pinho (Pinheiros) - 35min19
7- Eliane Cardoso Pereira (Sítio Kolibri) - 35min37
8- Valdilene dos Santos Silva (Pinheiros) - 36min00
9- Conceição de Maria Carvalho Oliveira (Palmeiras/CAIXA) - 36min34
10- Camila Aparecida dos Santos (HF/SESI) - 37min03

Com chancela da CBAt, o Circuito CAIXA já passou por Goiânia (1º/4), Uberlândia (12/5), Belo Horizonte (27/5), Campo Grande (3/6), Fortaleza (5/8), Recife (12/8), Porto Alegre (2/9) e Curitiba (30/9). Depois da disputa em São Paulo, a mais importante competição de corridas de rua do País segue para Ribeirão Preto (28/10), encerrando a temporada 2012 em Brasília (11/11) e concluindo, assim, a passagem por nove Estados brasileiros. As 11 provas somam pontos para o ranking da CBAt. Os dez primeiros colocados, no masculino e no feminino, garantem o patrocínio da CAIXA para 2013.

O Circuito CAIXA é uma realização da HT Sports, com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e co-patrocínio da Centauro. Em São Paulo contou com a hidratação da água mineral Minalba, além do apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, e Prefeitura de São Paulo, A supervisão técnica foi da CBAt e da Federação Paulista de Atletismo (FPA).

via Juliana Leite | Local

Marílson fica com a prata em São Paulo


Marílson cruza a linha de chegada  | Luiz Doro/adorofoto
Fundista do Clube BM&FBOVESPA, que se prepara para a Maratona de NY, saiu satisfeito da etapa do Circuito CAIXA: "O que valeu foi quebrar o gelo, sentir a ansiedade da competição"

Marílson Gomes dos Santos saiu satisfeito da etapa de São Paulo do Circuito CAIXA, neste domingo (14/10). O fundista do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, que se prepara para tentar o tricampeonato da Maratona de Nova York (venceu em 2006 e 2008), no próximo dia 4, conquistou o segundo lugar em São Paulo, com 29min12, a apenas 2 segundos do vencedor, o queniano Hillary Kipgetich Kibet, que marcou 29min10, novo recorde da etapa - o anterior, do brasileiro Paulo Roberto de Almeida Paula, era de 29min11.

Marílson, que se prepara para os 42.195 m de uma maratona, correu os 10 km da prova em São Paulo para quebrar o gelo das competições - sua última disputa havia sido a maratona olímpica, em Londres, em que conquistou o quinto lugar - e pegar ritmo. Por isso, o resultado não foi tão importante. "No meu atual estágio de preparação, uma prova de 10 km é muito curta, estou pesado por causa dos treinos", disse Marílson. "Mas queria mesmo uma prova forte, fiquei satisfeito. O que valeu foi quebrar o gelo, poder entrar na disputa física e psicologicamente, voltar a sentir a ansiedade da competição. Foi um bom teste."

O fundista diz que já esperava um ritmo forte, por causa dos quenianos. "Nesse aspecto, não houve surpresas. Sei que não estou rápido e tudo correu dentro do que eu estava esperando", garantiu Marílson. "Minha preparação para a Maratona de Nova York segue conforme o planejado. Faltam só duas semanas de treinos antes da viagem", prosseguiu o atleta, que segue para os Estados Unidos no dia 30.

O técnico Adauto Domingues, que orienta Marílson no Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, também ficou satisfeito. "Como avaliação, foi uma prova muito boa, dura, com ritmo forte. O Marílson foi ultrapassado praticamente na chegada."

Marílson acompanhou o pelotão da frente até o km 6, quando ele e Kibet começaram a abrir vantagem. Correram juntos até quase o final da prova, mas o queniano foi o primeiro a cruzar a linha de chegada no Estádio do Pacaembu. Os brasileiros Giomar Pereira, Valdir Oliveira e Rafael Novais chegaram em seguida, os três com o mesmo tempo: 29min38.

O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA completa dez anos em 2012, com o lançamento de um Centro de Treinamento de nível internacional e de sua Categoria de Base. O Clube integra o Instituto BM&FBOVESPA e tem parceria com o Pão de Açúcar, a CAIXA, Prefeitura de São Caetano e Nike.

via Heleni Felippe  e Jane Dias | Contrapé de Jornalismo